"De quem mantém toda a pureza da natureza Onde não há pecado nem perdão" Caetano Veloso





terça-feira, 19 de abril de 2011

Sufocando-me




Suicido-me de palavras que não foram ditas, de amores amordaçados
Prazeres guardados á sete chaves
Cada uma pra guarda o indolor.
O inepto de mim.
Mato-me a cada dia, como o funeral de alguém que nunca existiu.
Indigente de mim, como me transformou nesse hospedeiro de solidão.
Tranco-me, travo-me , guardo-me , para mim mesma.
E assim, me descubro sem palavras, sem dor, sem amor.
Como uma foto sem nexo, uma paisagem morta.
Sou eu que não falo, que não escrevo, invisível á olhos mortos.
Esperando um olhar incandescente, uma mão aveludada,
Um pensamento livre ao voou.
Espero asas que me levem ao alto dos céus, sem tempo, sem demora
Porque eu estou aqui á esperar...
E como espero.

Um comentário:

Jéssica do Vale disse...

Uma poetisa na dose certa,
és tu!

Adoro passar por aqui.