"De quem mantém toda a pureza da natureza Onde não há pecado nem perdão" Caetano Veloso





segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meu homem...




Meu homem adora o meu mal jeito na cozinha. Me acha sexy de óculos.
Adora minha vestimenta caseira, com minha camisa de vereador e meu short surrado.
Gosta da minha falta de beleza e ama meu excesso de inteligência
Gosta do meu mal-humor quando acordo, ama meu palavrões e não reclama do meu cigarro.
Adora quando eu fico bêbada e inconseqüente
Rir das minhas frases obscenas. Gosta dos livros que eu leio e ainda por cima tem um ótimo gosto musical, modéstia a parte, assim como o meu.
Ele não reclama da minha dor de cabeça ao deitar, da minha mania em escrever, do meu gosto por seriados americanos. Eu brigo quando não quero sair, e me deixa a vontade para sair com minhas amigas.
Me da café da manhã na cama, e me acorda beijando meu corpo. Há, esse meu homem.
Na frente dele sou eu, falo merda, brigo, mostro toda a força da minha TPM, mostro como quero e como gozo no sexo. Mostro até minhas fraquezas e incertezas. Meu homem é tão especial que não o encontrei. Mas sei que ele estar por ai, ou melhor estar em mim. Meu homem pode ser meu lado masculino. Mas esse homem, há meu homem, se eu o encontrar, ele perde a graça, perde o total encanto. Pois não vou ser mais a mulher desse homem que só pertence aos meus sonhos. O homem perfeito para mim é o indefinido, que pertence a hora, o jeito, a cor. Que se adéqüe ao meu momento. O indefinido, indesejado, o contra parede.
Há se esse meu homem aparecer, perdi meu sonho, ele vai deixar de ser sonho para ser meu homem, e logo será o meu ex. homem. Particularidades todo mundo tem, mais alguém em total compreensão com o nosso eu, nos cansa. O legal é mostrar as diferenças, e cada toque se adequa ao nosso corpo. Meu homem, que seja homem de outra mulher, enquanto tomo emprestado homens alheios.

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