
Acordei tranqüila.
A rotina não me afeta mais.
Tomar café da manhã sozinha também não.
O mundo corre lá fora, as pessoas correm para
estabelecer horários, ideais, amores, vidas.
Enquanto isso, tudo está parado aqui dentro.
Paz, isso sim, é o nome que dou ao meu mundo.
Vou e Volto e permaneço aqui, em mim.
Agora ando, não corro.
Agora respiro, e meu ser mutável, se tornou estável.
Grudo em mim, e não quero me larga.
O que quero é meu sossego, é a paz.
Interrogações, deixo-as guardadas no momento.
Já dei meu ponto final.
Vivo as Reticências.
Espero, sem ansiedade o novo.
Porque aqui paira as ilusões de quem não espera que toquem
a campainha, pois quem eu espero, tem a copia das chaves.
Não precisa bater na porta pra entrar, já é de casa.
Seja bem-vindo, mas uma vez... Esse é o meu lar,
que sempre guardo, aguardo, e te trago em mim. Esse é o nosso lar.
Morada de meu pensamentos, de meus amores, que sempre clama por ti.
Espero calma, tranqüila a tua volta, por que eu sei que sempre voltas.
Como amante, amigo, companheiro.
Sei que voltas, como voltei varias vezes.
Não me culpo por esse louco amor, não me desespero em esperar.
Porque eu sei, que enquanto não entras em mim casa, continuas morando aqui.
Meu fiel inquilino.
Entra por essa porta, reclamas do meu cigarro, rir comigo...
Falamos sobres coisas corriqueiras.
Negro, hoje senti saudade de me sentir mais que negra.
Mas estou aqui, a te esperar.
Espero que os horários acabem, pra eu me acabar em teus braços.
Tempo, tempo, tempo... Tão inimigo de mim.
Queria só um tempo, do tempinho livre, tempo, pra brincar de amar e ser feliz.
3 comentários:
muito foda!
Perfeito
Quem sabe, sabe!
Parabéns.
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