"De quem mantém toda a pureza da natureza Onde não há pecado nem perdão" Caetano Veloso





terça-feira, 15 de março de 2011

Consigo, sigo...




Parei, parei para escrever e tentar te dizer o que mora aqui...
Eu não conheço o que bate tanto a caixa do meu peito.
Estou cansada de falar de amor, se não sei se é isso que eu vivo e respiro,
não sei se é isso que está aqui, batendo e fazendo meu peito vibrar.
Não sei como dizer um adeus sem olhar pra trás,
nem saber o que seríamos um do outro ou um sem o outro.
O cigarro faz neblina dos meus pensamentos.
Queria viver sozinha, e é isso que vou tentar.
Tento, e consigo, será?
Será que posso me desfazer de querer o meu querer?
Tragos e mais tragos.
Sinto o teu toque distante.
Toca-me pra deixar marca...
Pelo menos isso, vai fazer você morar sobre minha pele.
Quero marcas.
Marcas pra mostrar que você pairou aqui, morou aqui
Marcas pra provar que você já me pertenceu, e que por
um instante eu acreditei no amor.
Esse amor novelesco, esse amor banhado em vexame.
EU QUERO O VEXAME, pra mostrar o quanto fui feliz
em ti, ao me sentir amada.
Mesmo que fosse uma mera mentira,
foi uma mentira boa, gostosa.
Foi você no meio de minhas pernas, você dentro de mim.
Foi gozo, mais um gozo silencioso, por isso,
que agora necessito gritar, foi tão bom, tão bom...
Brincar de te amar.

Apaguei o cigarro.
Vou tentar parar de fumar. será que consigo?!
Consigo!

CON-SIGO,
ESTÁ
O CO-MIGO.

Consigo...

... Sigo.

Um comentário:

Jéssica do Vale disse...

Um pequeno abalo não pode inibir um dom, certo?!
Se não foi dessa vez, siga. Use a dor para fazer o que você sabe de melhor: ESCREVER!

amo essas brincadeiras com as palavras,
é um passatempo delicioso.