
Quando a porta estava aberta, entrou um estanho, se fez dono
Dominou minha casa e dominou tudo o que estava contido em mim.
Logo, eu, amordaçada do meu ser, me despi de amarras e o fiz parti.
Quando a porta então se fechou, me fiz dona do meu lar, de mim, da mulher que paira aqui.
Chegou um homem que em mim se fez completo, chegou sem pretensão de ser a metade da laranja, pediu as cópias das chaves com delicadeza e me perguntou se tinha água gelada na geladeira.
Pra esse fiz comida, e pra ela enfeitei minha cama, e desabrochei minha alma.
Esse dono que ainda não é dono, por enquanto meu inquilino, até total contentamento de união.
Esse que me enche de dúvidas por ser perfeito, e que sobre minha boca cala as palavras contidas, me deixa triste em pensar em seu adeus, e me completa em sons e espasmos emocionais, é louco como eu. Virou a onomatopéia do meu amor.
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